Uma terapia chamada cozinhar

Algumas pessoas que me leem não sabem, mas enquanto escrevia para vocês, estava me recuperando de um acidente. No dia 12 de agosto, fui atropelada por um carro no Rio de Janeiro, estava na cidade para iniciar o doutorado e, infelizmente, tive que adiar o meu grande sonho. 

Tive uma pequena fratura no joelho, mas que foi grande o suficiente para me deixar em licença médica por 120 dias. Fiquei 60 dias sem por o pé no chão, andando de muletas, primeiro com duas, depois com uma, até, finalmente, me livrar delas. Ainda sinto um pouco de dificuldade para realizar alguns movimentos, mas em breve, estarei 100%.

Durante todo esse tempo, cozinhar foi o meu melhor passatempo e foi também uma terapia. Como estava com dificuldade de locomoção, sentava à mesa da cozinha da casa de minha mãe e ela e minha irmã Débora tratavam de colocar tudo à minha mão para facilitar o meu trabalho, eu ia pedindo as coisas, elas iam colocando em cima da mesa e eu cozinhava, quando era necessário usar o fogão, eram elas que realizavam essa tarefa. Também contei com as super ajudas da minha irmã Sarah, de Margarida e da minha amiga Olga. E foi assim, que fiz tantas coisas, testei receitas, fiz o almoço da família, bolo, pão, empadão, quiche, cheesecake, doce de leite, biscoitinho, fiz até o meu próprio bolo de aniversário. Foram tantas coisas, acho que todo mundo ganhou uns quilinhos (rs). Cozinhar ocupou o meu tempo e me fez me sentir útil.

Nesse período, estava na casa de minha mãe e não cozinhei apenas para uma, e sim, para 5, 6, 7, 8 pessoas. Hoje retorno ao trabalho, estou de volta à minha casa, às minhas atividades e à minha rotina de cozinhar para uma pessoa.

Agradeço a companhia de vocês durante esse tempo, o blog e cozinhar foram muito importantes para mim.